Curitiba é cultural

Foto: Gislene Bastos

Novidade nenhuma? Pois saiba que as boas novas não param nesta cidade. Um dos programas que recomendo por esses dias é uma visita ao Museu Oscar Niemeyer, o Museu do Olho dos paranaenses...  Nove mostras estão abertas. Algumas imperdíveis. “De Valentim a Valentim” contempla duzentos anos da arte produzida em esculturas no Brasil. Um passeio dos sentidos no que se convencionou como o salão nobre do MON, a sala do Olho. Outras exposições também chamam a atenção (Goya, Antana Sutkus, Salão Paranaense). Vou falar dessas outro dia.

Foto: Gislene Bastos

Foto: Gislene Bastos

Meu propósito hoje é dividir um pouco do que senti  ao percorrer a “Coleção Brasiliana Itaú”.  É um daqueles mergulhos em água morna... Nos mil metros quadrados da exposição, um passeio ao longo de quatro séculos. Os primeiros registros são do século 16 e relatam as impressões dos visitantes estrangeiros à Terra Nova. É possível sentir um olhar europeu cheio de encanto pelo nosso colorido calor! Muito do imaginário que se tem mundo afora sobre o Brasil nasceu naquele período, das representações de nossas florestas, índios, costumes.

Foto: Gislene Bastos




Do Brasil Colônia, passando pelo Império até chegar a República, Olavo Setúbal - idealizador da coleção, conseguiu reunir documentos, retratos em pinturas, fotografias, peças originais de diferentes épocas, moedas, projetos arquitetônicos, objetos, curiosidades. Já pensou em ver um registro original da venda de um escravo? E que tal passear os olhos pela “Garota de Ipanema” acompanhando o traçado da letra de Vinícius de Moraes? Também da para aproveitar e copiar uma pose da Família Real num retrato que ficaria nas paredes do palácio... E, em ano eleitoral, é imperdível conferir alguns bastidores da política brasileira em documentos e relatos de quem a construiu.



A “Coleção Brasiliana” reúne 300 itens e fica aberta ao público até o dia 18 de março. Tempo mais do que suficiente para dar um pulinho até Curitiba e respirar os ventos culturais que sempre sopram por aqui. O MON abre às 10h da manhã e fecha às 18h. Ingressos a R$ 4,00. Mas, domingo, cinco de fevereiro é o primeiro domingo do mês... E a entrada é livre! Borae?

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