Descobrindo coisas

Estou há dias para escrever um texto sobre turismo. Revirei o baú de ideias e lembrei-me de um local que vi nascer, testemunhei momentos de valorização, abandono e, do sempre certo, ressurgimento! 
Estou me referindo ao Parque Zoobotânico de Joinville. Um local que existe por vontade política e que sobrevive da teimosia típica do melhor habitante da cidade.


Era o ano de 1995 e eu estava na escala para a transmissão ao vivo da festa de inauguração do primeiro parque ecológico joinvilense. Manhã de domingo, temperatura agradável , muitos cabos, câmeras e microfones... A televisão tinha veiculado comercial chamando para a festa e muitos moradores apareceram para acompanhar a cobertura ao vivo – uma atração pouco freqüente naquela época na cidade. Uma hora, quatro blocos com entrevistas e reportagens... E estava inaugurado o Zoobotânico. Lembro que o corte da fita foi bem no finalzinho, quase na hora de correr a ficha técnica com o nome dos profissionais envolvidos na produção e transmissão do programa.

Doze anos se passaram e acredito que a vocação inicial do Parque se mantém. Um lugar no coração da cidade usado para encontros, convivência, aprendizado e lazer. Já era assim antes mesmo da formalização – quando ainda servia como camping municipal. A educação ambiental trouxe objetivos maiores! Pode ser num passeio demorado pelas trilhas em meio à mata... Ou, talvez, num rápido olhar de quem transita pela rua de asfalto. O sentimento de paz chega rápido. Invade. Chama para um compromisso com a vida! Ou, você pensa que pode ficar imune às brincadeiras de uma família inteira na “ilha dos macacos”? Ou, quem sabe, não se alegrar ao encarar a festa colorida das araras a cada aproximação de um visitante?


Mato e bichos. No Zoobotânico a natureza se renova e traz novas sensações. Acompanhar o lento nado das tartarugas, observar a garoa escorrendo numa folha, descobrir em que árvore se esconde um pássaro festeiro. Impossível saber quantos... Nos ambientes fechados são quase 200 habitantes permanentes. Animais de espécies variadas e que ilustram a riqueza da Mata Atlântica. A maior parte é resultado de apreensões realizadas em operações de combate ao cativeiro e ao tráfico de animais silvestres. O Parque ainda conta com quiosques para descanso, lanche e palestras. Placas indicam sobre as espécies da fauna e flora existentes. Também é fácil encontrar com biólogos e tratadores. Quase sempre envolvidos com os cuidados a algum novo hóspede. É o melhor momento para conhecer alguma curiosidade.

E, deixei para o finalzinho, o que considero a maior força do Parque: a localização.  É muito fácil chegar ao Zoobotânico de Joinville. Por isso mesmo, é tão procurado... Da caminhada pela manhã a fuga na hora do almoço para relaxar, o destino é certo. Se você é de fora da cidade, pergunte no centro como encontrar a rua que leva ao mirante do Morro do Boa Vista. Fica bem na área central de Joinville. E, se tiver disposição, depois continue a caminhada até o alto do morro... O meu texto termina aqui, mas você pode continuar descobrindo coisas!


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